Ao contrário dos Gregos e dos Romanos que tinham o costume de cremar os parentes falecidos, os egípcios adaptaram uma técnicas "inovadora": a de embalsamar, ou melhor dizendo, a de mumificar os mortos. Mas esta técnicas não foi utilizada por quase 3 mil anos ao acaso, não! Os egípcios antigos acreditavam que depois de a pessoa morrer iria para o além, mas com a condição de que o corpo se mantivesse em bom estado, para isso, retiravam os órgãos do corpo e secavam ambos em natrão (solução salina), no final e para que o cadáver mantenha a forma, enfaixavam-no com tiras de linho. Para os arqueólogos esta tradição pode ser tanto uma benção como uma maldição. Uma benção, pois os corpos ficavam quase perfeitamente preservados, uma maldição, pois estes, têm os órgãos retirados, logo a possibilidade de se perderem ou desaparecerem caso os túmulos fossem saqueados era muito grande, outro dos problemas era, dado que o abdómen ficava vazio, tornava-se bastante frágil e quebradiço, comprometendo a integridade do corpo. Para protegerem as múmias foram contruidas as pirâmides e foram escavados túmulos, em montanhas e rochas. A mumificação era feita em salas próprias nos templos, com pessoal especialmente treinado para a tarefa, os mumificadores. Depois que um nobre ou qualquer um da população tenha morrido o seu corpo era levado para a tal sala especial: a casa da morte, onde era mumificado, operação que no caso do povo durava 30 dias, dos nobres e sacerdotes um pouco mais tempo, acredita-se que eram cerca de 50 dias e para o faraó eram necessários 70 dias. Na mumificação começava-se por, retirar o cérebro pela narina esquerda, com a ajuda de um gancho, de seguida abriam-lhe o abdómen pelo lado direito e retiravam-lhe os intestinos e o estômago, os pulmões e o fígado, e colocavam-nos dentro de vasos com tampa (vasos canopos). O interior do ventre era então lavado com vinho e especiarias e nas artérias era injectada resina. Quando esta parte estava concluída mergulhavam o corpo em natrão para que este secasse. Por fim, endurecia-se o interior do ventre com bálsamos preciosos tais o óleo de cedro e enchiam o mesmo de mirra, cássis, canela, sementes de lótus torradas e essências aromáticas e então cosia-se a abertura e colocava-se um placa de ouro por cima da costura. Finalmente, envolvia-se o corpo em tiras de linho e entre estas colocavam-se jóias pedras preciosas que tinham a suposta função de proteger o morto até ao além. Quando tudo isto estava concluído colocavam a múmia num sarcófago e levavam-no até ao túmulo (autênticos labirintos escavados na rocha e decorados com as posses do do falecido), selavam-no e tapavam a entrada de forma a que o corpo e o seu espírito pudessem ter o descanso eterno.
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Vasos Canopos |
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Múmia |
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Túmulo de Tutankhamon |
muinto bom gostei muinto
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